Vamos analisar Apocalipse 6:1-2, o primeiro selo dos sete:
Verso 1 – O Cordeiro quebra o primeiro selo
“Vi quando o Cordeiro quebrou o primeiro dos sete selos...”
- O Cordeiro (Jesus) é o único digno de abrir o livro e seus selos (cap. 5).
- O quebrar do selo inicia o desencadeamento dos juízos de Deus sobre a Terra.
- Um dos quatro seres viventes (anjos ao redor do trono) fala com voz de trovão, sinalizando a gravidade e poder do momento.
Verso 2 – O cavalo branco
“Vi, então, e eis um cavalo branco...”
- O primeiro cavaleiro monta um cavalo branco, símbolo clássico de vitória, conquista e pureza aparente.
- Ele tem um arco, mas nenhuma flecha é mencionada, o que pode indicar conquista sem guerra aberta – por diplomacia, engano ou domínio político.
- Foi-lhe dada uma coroa (stephanos), coroa de vitória, indicando que lhe foi permitido conquistar.
- Ele “saiu vencendo e para vencer”: uma campanha progressiva de dominação mundial.
Quem é esse cavaleiro?
Há duas principais interpretações:
1. Cristo – Alguns veem semelhança com Apocalipse 19:11, onde Jesus aparece num cavalo branco.
- Contra: Aqui, o cavaleiro surge como parte de um julgamento, precedido e seguido por guerra, fome e morte.
- Ele recebe uma coroa (stephanos) e tem um arco sem flechas – diferente da descrição gloriosa de Cristo em Ap 19.
2. Anticristo (ou sistema enganador) – Interpretação mais aceita entre estudiosos.
- Aponta para uma falsa paz mundial, domínio sedutor e autoridade recebida (não própria).
- Conquista sem guerra direta, abrindo caminho para os julgamentos que virão (selos seguintes).
Mensagem espiritual
- O mundo pode ser seduzido por figuras ou sistemas que aparentam trazer paz e ordem, mas ocultam domínio e engano.
- A quebra dos selos mostra que Deus está no controle até mesmo dos juízos e que nada escapa do plano soberano.
- O julgamento começa não com guerra, mas com uma falsa vitória, nos alertando contra confiar em aparências.